O
mercado de luxo está ligado à raridade, à exclusividade, à
escassez. O luxo ostenta marcas que são sonhos de muitas pessoas. O
luxo é uma história, uma tradição. Os produtos dessas grandes
marcas são graduados pela excelência e pela durabilidade. A
luxuosidade está ligada ao sonho, uma marca ou um produto que muitos
querem possuir.
A
produção limitada de certa peça demonstra exclusividade, que está
ligada ao luxo, que é tudo o que sinaliza privilégio, elite,
nobreza, prestígio, aristocracia, riqueza, estilo.
Exemplo são algumas marcas francesas, que faturam muito nesse
mercado, por estarem diretamente ligadas à França, e mais
particularmente Paris, uma cidade de sonhos, que representa o luxo em
seus perfumes, hotéis, arte, joias e alta costura. Assim como em
outras cidades do Brasil, Juiz de Fora está recebendo grandes
empresas de luxo, para uma população cada vez mais exigente e
consumista. Os serviços, os produtos e a decoração estão sendo
remodelados para melhor atender o cliente.
|
A charmosa avenida Champs Elysee em Paris, na França |
|
A
mulher brasileira é uma das que mais empreende no mundo.Cerca de 13
milhões delas estão à frente das empresas e já representam 49%
dos empreendedores no país, dados do Sebrae/MG. Em Minas Gerais,42%
dos negócios criados nos últimos 5 anos são comandados por
mulheres. Em Juiz de Fora, encontramos muitas mulheres a frente dos
negócios.
Analisando
o mercado competitivo da atualidade, percebe-se a importância do
prestígio. As empresas tentam entender o cliente, entender a sua
alma, seus desejos e sensações, fidelizando aquele cliente, que tem
uma experiência de compra que não está ligada somente ao preço, e
sim na imagem.
A
procura exagerada
O
consumismo e o prazer derivado da exclusividade geram a procura de
produtos que ostentam luxo. Pensando nisso, a empresária Mônica
Baldi, abriu um negócio na cidade ligado ao luxo: jóias.
|
Jóias exclusivas da joalheria Baldi Jóias |
|
|
Mônica Baldi, proprietária da Baldi Jóias |
|
A loja
Baldi Jóias oferece peças raras e exclusivas para um público
seletivo e refinado. Para a proprietária, o luxo está ligado ao
dinheiro e a raridade. “Para mim, o luxo tem duas correntes: uma
que tudo que é caro e raro. E a outra que é tudo que te dá prazer:
respirar o ar puro, verde. Sou adepta da primeira corrente, tudo que
é caro e raro”. Mônica abriu a loja na cidade com esse intuito,
mas sabe que o mercado de Juiz de Fora precisa atingir a massa. “A
classe B e C tem crescido assustadoramente, e assim começamos a
buscar também esse público”, diz a empresária. "As pessoas
sonham em obter tal mercadoria e buscam essa meta, por exemplo uma
bolsa, que passa a ser um sonho de consumo, acho que a mesma coisa
acontece em joalheria", conclui Mônica.
Os
seres humanos sentem necessidades, que ultrapassam o real sentido,
“necessitar”, “precisar”. Sentem necessidade do prazer, de
imagem social, de posse, de prestígio. A sociedade criou
denominações e conceitos. As pessoas são o que consomem. Muitas
vezes a pessoa compra um produto por ser de determinada marca para
mostrar “poder” para as outras e até mesmo para si própria.
Peças
exclusivas em Juiz de Fora
Em
Juiz de Fora, o público está cada dia mais seletivo e consumista de
produtos bons e caros. Lojas estão se especializando em peças
exclusivas, atendendo clientes de alto nível. A loja Carmen Steffens
atende ao público de classe B e C, com peças que não são baratas,
mas que esse público economiza com outras coisas para terem essas
peças. A grife produz a maioria das peças para a classe A, peças
exclusivas, edições numeradas e limitadas. A empresária Cristiane
Esterci disse que as clientes gostam desse “poder” da
exclusividade. “Recebemos nessa coleção a bolsa de Píton, couro
de cobra legítimo, autorizado pelo IBAMA, com preço de quatro mil
reais.
|
Bolsa de Píton da Carmen Steffens |
As clientes adoram esse destaque, apenas uma de cada cor,
exclusividade merecida por um produto caro e raro, muito luxo.” diz
a proprietária.
|
Cristiane Esterci, proprietária da Carmen Steffens |
|
Na
loja Flow, a proprietária Roberta Salles diz que acha importante a
exclusividade na cidade. Trabalha com roupas em pouca quantidade, uma
em cada tamanho e até algumas vezes, uma apenas, no tamanho M. "
Nossas clientes são importantes e merecem ter um produto de
destaque, e não aquele que muitas tem. É muito desagradável ir a
uma festa e encontrar outra mulher usando o mesmo vestido."
Rafaella Guimarães