A
relação da cidade com o ramo da alimentação e seus
desenvolvimentos no setor.
Juiz
de Fora tem uma intensa
vida
cultural, com seus teatros, espaços culturais e galerias de artes.
Mas falar de Minas Gerais é de alguma forma, se lembrar
instantaneamente da culinária. Marcante, regional e representativa.
Os doces em compota; o pãozinho de queijo; a goiabada e
feijoada...São muitas as variedade que representam o estado.
Quando
se trata de Juiz de Fora essa relação não é diferente. Em um
passeio simples pelas ruas do centro da cidade é fácil encontrar
restaurantes e lanchonetes. E todos sempre lotados. “Trabalhar com
alimentação requer carinho, respeito ao próximo e higiene”,
comenta o dono do restaurante Mesa Mineira, Francisco de Paula.Ele
está nesse seguimento há aproximadamente 20 anos e nos contou que
começou a trabalhar pensando que seria mais fácil. “Alimentos
em
geral requerem cuidados”, acrescenta Francisco.
A
economia, política e cultura de uma cidade refletem diretamente em
seus hábitos e tradições. Juiz de Fora é reconhecida por ser polo
estudantil, o que explica de certa forma, encontrarmos tantos
restaurantes. Muitos estudantes procuram nesses espaços,
alternativas de alimentações mais rápidas.
Para
a aposentada Célia Duque, a opção de comer em restaurantes garante
a ela uma variedade na alimentação; “Dou aulas de piano e canto,
não tenho tempo para fazer
almoço.
Almoço em restaurantes há mais de 25 anos.O convívio é tanto, que
para mim é como se eles fossem uma parte da minha família”,
completa a aposentada.
De
acordo com o site da Abrasel, Juiz de Fora foi a primeira cidade no
país a ter uma regional da instituição, em 1999. Atualmente,
possui mais de 60 associados. Instituída
nos padrões da Abrasel Nacional, a Associação Brasileira de Bares
e Restaurantes – Abrasel Regional Zona da Mata é uma associação
sem fins lucrativos que atua em Juiz de Fora e região, representando
empresas do segmento gastronômico, de entretenimento e lazer. O
intuito é desenvolver e incrementar a atividade econômica no setor
de serviço de alimentação fora do lar.
A
cidade faz parte da Estrada Real, sendo cortada por 50 km do
Caminho Novo. O percurso é muito procurado pelos praticantes de
ecoturismo, que refazem de carro, moto, bicicleta, a cavalo ou a pé,
o caminho dos colonizadores. Churrascarias, pizzarias, restaurantes
de comida internacional, self-service ou à la carte são as opções
encontradas nos 72 estabelecimentos gastronômicos de Juiz de Fora
listados pela Abrasel e pelo JFRCVB (Juiz de Fora e Região
Convention & Visitors Bureau).
Além
de atuar no estímulo para o crescimento da indústria gastronômica,
de eventos, viagens e
turismo,
divulga informações e assuntos de interesse do ramo, promovendo,
participando e estimulando a realização de congressos, exposições,
conferências e outros.
Muitos
chefes de cozinha e estudiosos veem em Juiz de Fora um grande
potencial para o mercado de gastronomia. Nos últimos anos foram
criados cursos técnicos e de graduação em nutrição.
O
ex estudante de Turismo, Marcos Lima, iniciou o curso de Gastronomia e
diz não se arrepender. “Sempre pensei em fazer Gastronomia,
trabalhar em restaurantes. E agora além dessa oportunidade de poder
me graduar, a cidade está abrindo as portas para esse mercado”,
afirma Marcos.
Para
a nutricionista Paula Lavinas, os restaurantes de Juiz de Fora são
requintados e refletem o alto padrão dos serviços oferecidos. “A
cidade possui um rico circuito gastronômico que não fica a dever em
nada aos grandes centros. Por ser uma cidade cosmopolita, é possível
encontrar desde a cozinha mineira, à japonesa e até a francesa.” , relata a nutricionista carioca.
SÍMBOLOS
DE JUIZ DE FORA
Os
fastfoods da cidade já viraram “cartão postal”, e muitos
turistas e visitantes não saem de Juiz de Fora sem antes comerem e
conhecerem os famosos hamburguês. Que se centralizaram em uma parte
da Avenida Itamar Franco. “Uma das primeiras coisas que faço
quando
chego a Juiz de Fora, é passar no Mary Milk. Moro em São Paulo e
conheci a lanchonete através de amigos da cidade. Nunca comi um
sanduiche igual em nenhum outro lugar. Meus amigos muitas vezes
chegam a me fazer inveja postando fotos”, nos relata a estudante
Mariah Grandiní.“Ir
a Juiz de Fora e não comer o bolo da doceria Brasil é como se eu
não estivesse na cidade. Lembro-me da minha infância e dos meus
aniversários. Sempre foi uma febre”, comenta a bióloga Amanda
Machado, que se mudou para o Rio de Janeiro a mais de seis anos.
EVENTOS
E FESTIVAIS
O
JFSabor já
é um dos principais eventos gastronômicos fixos do calendário da
cidade, que acontece entre os meses de setembro e outubro. A
iniciativa é importante porque valoriza os bares e restaurantes
participantes, amplia o movimento das casas em 30% e gera empregos.
Eventos paralelos acontecem durante o mesmo período em bares e
restaurantes da cidade.
Pratos que participaram do 12° Jf Sabor |
O
JF Sabor teve início em 2001, apontando uma taxa média de
crescimento do público participante da ordem de 12,61% ao ano e um
acréscimo médio de 8,42% no número de pratos comercializados. Ele
conta com a presença de autoridades, patrocinadores, imprensa e
proprietários de estabelecimentos e seus chefs de cozinha, que
esclarecem aos presentes sobre a inspiração, origem e métodos
utilizados na execução de suas receitas.
O
evento gastronômico em sua 12a. edição, impactou na economia de
Juiz de Fora R$ 1, 11 milhão. O evento conta com o apoio do Núcleo
de Turismo da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Econômico.
Estima-se que o público participante seja de aproximadamente 42 mil
pessoas e uma expectativa de cerca de 33 mil pratos vendidos. De
acordo com dados fornecidos pela Abrasel, o valor médio de cada
prato é de R$ 29, com um consumo médio por pessoa de R$ 19,50. Ao
degustar os pratos, os consumidores recebem um cupom de sorteio que
deverão ser preenchidos e depositados em urnas próprias da Abrasel
JF.
Além
do JF Sabor, a cidade participa
do Brasil
Sabor
evento
gastronômico que ocorre nos meses de abril e maio em todo o Brasil.
E em 2011, passou a participar também do conhecido festival Comidadi Buteco
que
é considerado o maior festival gastronômico do país. Com a
característica de ser popular e divertido, o evento gera aumento do
fluxo de clientes e promove o crescimento dos bares participantes.
JUIZ
DE FORA COMO REFERÊNCIA EM ALIMENTAÇÃO
A
criação e vinda de importantes festivais e eventos sobre o assunto
para a cidade, movimentou
outro segmento.
Foi
esse um dos motivos para a estudante de Jornalismo Larissa Duarte,
criar o blog sobre gastronomia Gastrour.
"Juiz
de Fora teve um grande crescimento nesse setor. Como não havia na
cidade nenhuma plataforma de explorar o setor de uma jeito informal e
por não existir nada parecido, resolvemos montar nesse segmento",
completa a estudante.
A
criação do blog foi idealizada inicialmente como projeto
experimental para uma matéria de Mídias Digitais da faculdade, mas
ganhou muito apoio e parceiros na cidade, o que levou a estudante
permanecer com a plataforma. Ela afirma que, "A gastronomia em
Juiz de Fora é suficiente para o porte da cidade. Existem muitos
lugares diferentes, temáticos e acessíveis." E completa
afirmando que o crescimento da aceitação e divulgação do Gastrour
é uma reflexão do
incentivo dos produtores da gastronomia da cidade.
Jéssica Delgado
Jéssica Delgado
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